quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Mapa do Keith Richards



A Lua (popularidade) de Richards está conjunta ao Meio do Céu (ponto mais alto na esfera celeste): se nos últimos 60 anos você estava vivendo em uma caverna no Himalaia, ou em animação suspensa, ou foi abduzido por ETs e estava fora do planeta Terra, não ouviu falar dos Rolling Stones e não sabe quem é Keith Richards, saiba então que ele foi eleito pela revista Rolling Stone o quarto melhor guitarrista da história do Rock e teve 14 músicas, escritas em parceria com Mick Jagger, que entraram na lista (dessa mesma revista) das 500 maiores canções de todos os tempos. O sujeito é um dos pilares da formação do Rock’N’Roll e autor de riffs inconfundíveis.

Richards nasceu em 18 de dezembro de 1943 em Dartford, Kent, Inglaterra. Filho único, ganhou um velho violão do seu avô Gus quando era criança e passou a se interessar por música. Mas o pai não apoiava a inclinação musical do pequeno Keith. Aliás, quando seus pais se separaram, Keith passou 20 anos sem se relacionar com o pai. No seu mapa natal, Saturno – significador do pai, de pessoas mais velhas e de autoridades, e regente da Casa IV (que representa o pai) – está na maléfica Casa VII, e a Parte (ou Lote) Árabe do Pai a 22° de Touro, disposta por Vênus em detrimento em Escorpião: as coisas nunca seriam fáceis entre Richards pai e Richards filho.

Na infância, Richards era vizinho de Mick Jagger, a quem reencontrou em um trem, na época da faculdade, e ali descobriram no Blues um interesse em comum. Keith entrou para a banda onde Mick cantava, as coisas foram se movimentando e ele largou a faculdade de arte para se dedicar integralmente à música, e formaram The Rolling Stones. A técnica helenística de Direção por Termos mostra que era o período de Júpiter no mapa de Richards: Júpiter está na Casa X (trabalho, carreira, visibilidade na sociedade) e rege as Casas II (money!) e V (expressão criativa): I know, it’s only Rock’N’Roll, but I like it!

Jagger é a cara e a voz dos Stones, mas muitos consideram Richards como o verdadeiro líder da banda, apesar dele próprio se achar “apenas o cara que azeita as engrenagens” para as coisas fluírem.

Todos o conhecem como um grande guitarrista e letrista, mas nem todos sabem que é um produtor musical dos bons, desde os anos 60.

Ganhou fama de maluco e de drogado, e nunca mais se livrou dela. Vícios são representados pela Casa XII, que está em Libra, com seu regente Vênus na Casa I (forte e em destaque), mas em detrimento (péssima qualidade). Seu jeito excêntrico (maluco e irreverente) serviu de inspiração para Johnny Depp criar o pirata (capitão!) Jack Sparrow, da franquia Piratas do Caribe, e Richards chegou a participar de alguns dos filmes como o pirata capitão Edward Teague, pai de Sparrow, que não o via há muito tempo; a vida imita a arte...

Já deu para ver que o cara é daqueles inesquecíveis, né? Então vamos finalizar o post com alguma das muitas músicas excelentes dos Stones. Escolha difícil, mas vai aí um dos hinos da garotada nos anos 1960, com típicos riffs de Richard, e que continua atual: Satisfaction (https://www.youtube.com/watch?v=nrIPxlFzDi0).


Gratidão pela companhia, e até a próxima!

Cao (Claudinèi Dìas)

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Mapa do Freddy Mercury - versão 2.0

Se alguém dissesse a você que a voz mais bonita e versátil do Rock é de Farrokh Bulsara - ou Pharōkh Balsārā, em Gujarat, a língua nativa de seus pais - nascido em Zanzibar (Tanzânia) em 5 de setembro de 1946, às 06:30, filho de pais indianos, provavelmente a sua reação seria: "Quem?".

Na verdade, você quase acertou: a resposta certa seria "Queen", ou melhor Freddie Mercury, cidadão britânico, pois em 1946 tanto a Tanzânia quanto a Índia pertenciam ao Império Britânico (http://www.freddie.ru/e/bio/ e http://en.wikipedia.org/wiki/Freddie_Mercury).

Grande vocalista, compositor e sensacional showman, Freddie tinha performances teatrais, dramáticas, provocativas e magnéticas nas apresentações do Queen ao vivo, que arrebatavam a audiência. Quem presenciou os shows do Queen sabe como era difícil tirar os olhos do tio Farrokh correndo, dançando, pulando, interagindo com a plateia e soltando aquele baita vozeirão.

Longe dos palcos e holofotes, porém, Freddie era descrito como tímido e retraído, principalmente com pessoas que não conhecia bem, e dava poucas entrevistas. Como pode?

O mapa* de Freddie nos ajuda a entender isso:






1) O Ascendente e o Sol em Virgem, dispostos por Mercúrio muito dignificado (domiciliado, exaltado, nos seus próprios termos e em júbilo) também em Virgem na primeira Casa ressaltam o lado metódico, atento a detalhes, perfeccionista, exigente e sensível a críticas, e também tímido ou reservado.

Esse perfeccionismo pode ser visto na música mais famosa do Queen, "Bohemian Rhapsody": uma música de estrutura complexa, com mudanças e quebras de ritmo, considerada uma opereta de rock, mas acima de tudo com Freddie tocando o piano, como tocou em várias outras músicas, pois aprendera piano quando criança, com um talento testemunhado por muitos. Mas Freddie duvidava da própria competência para tocar perfeitamente o piano sem esquecer alguma nota, e assim foi progressivamente deixando o instrumento de lado em apresentações posteriores.

O Sol na Casa I regente da Casa XII, pode indicar questões veladas sendo trazidas à luz; está em uma conjunção aberta com Mercúrio (e disposto por ele), significador de dualidade, inclusive na sexualidade.

O Mercúrio excepcionalmente dignificado de Freddie também é o regente da sua Casa X, aquela da carreira e da exposição perante a sociedade. O Meio do Céu, outro significador de trabalho e de atenção pública, está junto ao benéfico Nodo Norte e à estrela Rigel, que promete ascensão rápida na vida, grande força de vontade, gosto pela ação e boa fortuna nas suas empreitadas, levando o nativo a sobrepujar as adversidades e alcançar o sucesso.

2) A Lua peregrina em Sagitário na Casa IV (angular=forte), ao mesmo tempo conjunta ao Lote da Fortuna e em sextil com os benéficos (Vênus e Júpiter), reforça a popularidade de Freddie. Também ajuda a entender as festas de arromba que ele fazia, sua sensibilidade e expressão talentosa, sensível, criativa e artística. Além de cantar, Freddie tocava piano e guitarra (mesmo sendo extremamente crítico em relação a si mesmo) e aos 12 anos tinha formado sua primeira banda (The Hectics) na escola. Seus amigos diziam que ele tinha uma habilidade muito grande em ouvir algo no rádio e reproduzir no piano.

Freddie também estudou arte e graduou-se pela Ealing Art College. Foi ele quem desenhou o logo do Queen. Esse belo desenho tem semelhança com os brasões da nobreza inglesa, mas a coisa fica mais interessante quando consideramos a ascendência indiana (rica em simbolismo) de Freddie e vemos que o logo traz a representação dos signos astrológicos dos integrantes da banda: duas fadas (Virgem) para Freddie Mercury, dois leões (Leão) para Roger Taylor e John Deacon, e um caranguejo (Câncer) para Brian May.

3) Saturno em Leão está em detrimento porém jubilado; é o regente da Casa V (diversão, prazer, sexo), da Casa VI (doenças agudas) e está na Casa XII (doenças crônicas, malefícios e coisas ocultas), podendo sinalizar doenças como as DSTs.

4) Júpiter, o Grande Benéfico, está conjunto ao outro benéfico (Vênus) e disposto por ele, e também está a sob a influência de Spica (a estrela mais afortunada do firmamento), prometendo favorecimentos aos assuntos das Casas IV (raízes) e VII (parcerias), regidas por ele.
Segundo Valens, Júpiter na casa XI a partir do Lote da Fortuna traz fama, reputação, popularidade ao nativo. Além disso Júpiter está em local de júbilo. Freddie era o próprio "Queen"!

5) Mesmo com talento e uma presença de palco espetacular, o que mais chamava a atenção em Freddie era sua voz. Touro rege a garganta e as cordas vocais; sua dispositora é Vênus, bem dignificada (está domiciliada) em Libra e conjunta ao benéfico Júpiter.

6) Em 1986 iniciava a Firdária (técnica de previsão) de Saturno no mapa de Freddie. Ele está na casa XII (enfermidades, adversidades, isolamento) e rege a VI (doenças). Foi nesse ano que ele foi diagnosticado com AIDS e veio a falecer em 1991.

Terminamos o post com Bohemian Rhapsody (https://www.youtube.com/watch?v=fJ9rUzIMcZQ): ouça a música, veja o clipe, assista ao filme, curta cada momento.

Gratidão pela companhia e até o próximo post!


Ana K. & Cao.

Obs: *mapa levantado pelo horário apontado no astrotheme, já o astro.com não tem horário.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Mapa do Tony Iommi



Anthony Frank Iommy nasceu em Handsworth, Birmingham, Inglaterra, a 19 de fevereiro de 1948, sem horário divulgado. Filho único, ainda criança aprendeu judô, karatê e boxe para se proteger das gangues locais. Ficou tão bom no boxe que chegou a pensar em carreira como boxeador, para não ficar no trabalho tedioso das fábricas da cidade. Não é à toa que nocauteou um chapado Ozzy Osbourne numa briga (das várias) durante a primeira formação do Black Sabbath.

Tocou em várias bandas de rock e blues, antes de formar o Black Sabbath, que ajudou a definir o gênero Heavy Metal.

Foi escolhido o 25° melhor guitarrista de todos os tempos, pela revista Rolling Stone, e chamado de “Rei dos Riffs” por causa de músicas como Iron Man, Paranoid e War Pigs.

Aos 17 anos, perdeu a ponta de dois dedos da mão esquerda em um acidente na fábrica em que trabalhava. Foi desencorajado pelos médicos a continuar tocando guitarra, pensou em parar, ouviu Django Reinhardt tocando só com dois dedos e resolveu continuar. 

Improvisou próteses para a ponta dos dedos, mudou a tensão das cordas da guitarra e o jeito de solar, para preservar os dedos. Desenvolveu sua técnica particular, com riffs vigorosos e pesados, e solos baseados em pentatônica menor.

No lado afetivo, Iommi traz quatro casamentos e outros romances.

Em 2012 foi diagnosticado com linfoma, fez tratamento e curou-se.

Seu mapa mostra Saturno retrógrado e em mútua recepção com o Sol e ambos em detrimento; Marte também retrógrado, apesar de estar em seus próprios termos e face; Vênus em seus próprios termos, mas exilada; Lua peregrina; Mercúrio em exílio e em queda; e Júpiter em seu domicílio diurno. É um mapa que sinalizava dificuldades – e não foram poucas – mas também a possibilidade de superação... Vamos ver o evento mais marcante da sua vida e como isso está em seu mapa natal.

O próprio Iommi disse em 2016 que seu maior arrependimento foi a perda da ponta dos dedos. Esse incidente também forjou sua determinação e resultou em um estilo próprio e marcante, para adaptar-se à limitação física. Vettius Valens, astrólogo do século II, escreveu que Mercúrio, entre outras coisas, rege as mãos e os dedos. O Mercúrio de Iommi está péssimo estado: exilado e em queda. Está na exaltação de Vênus, que se encontra também em exílio e submetida a Marte, que está ligado à violência, acidentes e cortes, entre outras coisas. Mas Mercúrio também está disposto por Júpiter, que está muito bem em seu domicílio favorito (o diurno Sagitário). Essa condição de Mercúrio-Vênus-Júpiter nos remete à definição de crise: risco + oportunidade. É quando a vida fica mais difícil, mas também com a chance de mudar de patamar. Confrontado pela perda das falanges dos dedos, Iommi poderia desistir da guitarra e ser mais um operário nas fábricas inglesas, ou poderia lutar pela música que amava e o motivava.

Vamos de Paranoid (https://www.youtube.com/watch?v=0qanF-91aJo) para comemorar a escolha de Iommi e encerrar este post.

Gratidão pela companhia e até o próximo post!

Cao (Claudinèi Dìas)

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Mapa do Ritchie Blackmore


Richard Hugh Blackmore nasceu em Weston-Super-Mare, Inglaterra, a 14 de abril de 1945, e ficou famoso como membro fundador e um dos principais integrantes do Deep Purple, além de ser o fundador (e dono) do Rainbow. Guitarrista talentosíssimo, entre tantas realizações no Hard Rock é o responsável pelos riffs de Smoke on the Water, um dos mais famosos do Rock e um dos primeiros que os novatos aprendem quando pegam um violão na mão - foi o meu primeiro, também 😁

O mapa de Blackmore, assim como o de tantas pessoas, não tem o horário de nascimento, o que impede a determinação de seu Ascendente e da posição dos planetas por Casas (áreas da vida) e inviabiliza uma análise mais detalhada. Mas a posição dos planetas por signos ainda nos permite verificar várias coisas: os Luminares estão bem dignificados (o Sol exaltado em Áries e a Lua exaltada em Touro), Marte tem alguma dignidade (triplicidade) em Peixes, mas os demais planetas estão aflitos – Vênus em exílio (Áries), combusta e retrógrada; Mercúrio combusto, peregrino (Áries) e retrógrado; Saturno em exílio (Câncer); e Júpiter em exílio (Virgem) e retrógrado. Como encontramos isso na biografia do velho Ritchie?


Vejamos: Blackmore gosta de atenção e de mandar, é autocentrado, é muito habilidoso e rápido para tocar (em plenos anos 1970, já despeja dúzias de notas por minuto, coisa que passou a ser feita posteriormente por muitos guitarristas), beberrão, difícil de lidar na vida pessoal (romances, casos, separações, mais romances, mais casos, mais separações...) e profissional... Seu mapa tem algumas indicações disso:

Mercúrio combusto, peregrino e retrógrado: Ritchie ganhou seu primeiro violão do pai aos dez anos, mas tinha dificuldade em aprender e a demora em tocar decentemente levou o pai a ameaçar quebrar o violão na sua cabeça se ele não tocasse direito. Depois, só queria tocar o mais rápido que conseguisse e fazer o maior barulho possível. Aos 15 anos largou a escola e se dedicou à música, tocando em várias bandas e aos 20 anos gravou seu primeiro compacto solo.

Vênus em exílio, combusta e retrógrada: problemático nos relacionamentos afetivos e em geral, casou-se com Margit Volkmar em 1964, divorciou-se, casou com Bärbel em 1969, divorciou-se, morou com Shoshona Feinstein em 1974, separou-se, teve um caso com uma Christine, depois casou-se com Amy Rothman em 1981, divorciou-se, viveu com Tammi Williams a partir de 1984, separou-se, e passou a viver com Candice Night em 1991. Nas bandas, teve atritos com os vocalistas e baixistas no Deep Purple, fundou sua própria banda (Rainbow) e trocou os músicos várias vezes, voltou ao Deep Purple, brigou novamente com o vocalista (Gillan) e saiu de novo do Purple, formou um duo com Candice Night (Blackmore’s Night), ressuscitou o Rainbow...

Saturno em exílio em Câncer (não tem limite): bebe muito.

Sol e Lua exaltados: autoimagem exagerada, emoções (desejos) a satisfazer em primeiro lugar, não quer concorrência nos holofotes. No concerto Califórnia Jam, em 1974, em que também tocaram Black Sabbath e Eagles, Blackmore se recusou a entrar no palco para tocar porque anteciparam a apresentação do Purple (que seria ao pôr-do-sol) e isso atrapalharia os efeitos de luz que a banda tinha preparado... só foi tocar depois que o xerife local ameaçou prendê-lo.

Júpiter em exílio (Virgem) e retrógrado: graças aos vários romances com mulheres alemãs, Blackmore morou na Alemanha e tornou-se fluente no idioma alemão.

Blackmore entrou para o Rock and Roll Hall of Fame, com o Deep Purple, em 2016, e foi considerado o 50º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone. Nada mal para um sujeito com tantos planetas em exílio, combustos e retrógrados; mesmo com todos os problemas que teve – e que criou – Blackmore virou sinônimo de qualidade na guitarra.

Para finalizar, a imbatível Smoke on the Water (https://www.youtube.com/watch?v=ikGyZh0VbPQ). Gratidão por nos acompanhar, e até a próxima!

Cao (Claudinèi Dìas)

sexta-feira, 13 de julho de 2018

Mapa: The Beatles

Uma banda nasce quando é apresentada ao mundo e reconhecida por ele. Assim, a banda que John Lennon iniciou em Liverpool em 1957 como The Black Jacks virou The Quarrymen e ganhou a participação de Paul McCartney, e em 1958 George Harrison entrou para o time. Em 1960, passaram a se chamar Johnny and the Moondogs, depois Long John and the Beatles, mas foi como The Silver Beatles que começaram a atuar mais longe da Liverpool natal: depois de tocarem na Escócia, foram contratados para algumas apresentações em Hamburgo, na Alemanha, e foi lá que, às 20:00 de 17 de agosto de 1960, pela primeira vez tocaram como The Beatles.

Este é o mapa desse instante em que o mundo se viu frente a frente com a banda mais famosa  e marcante da história do Rock. Pode ser o mapa do "nascimento" da banda.



O Ascendente (Peixes) é a cara e voz da banda; o Meio do Céu (Sagitário) é quem manda na banda. E os dois signos são bicorpóreos ou duplos: embora John tenha fundado a banda original, os Beatles sempre foram definidos pela dualidade/polaridade Lennon-McCartney. Júpiter, regente desses dois signos, embora esteja retrógrado, está domiciliado em Sagitário e conjunto ao Meio do Céu: apesar de alguns contratempos, o céu é o limite. Saturno domiciliado em Capricórnio indica que com o tempo e dando duro, o resultado vem: por exemplo, entre 1961 e 1963 a banda tocou 292 vezes em seu palco mais famoso, o Cavern Club de Londres. E os Luminares em suas respectivas moradas - Sol em Leão, Lua em Câncer - pressagiam o brilho intenso. Quatro planetas muito dignificados, um para cada dos Quatro Fabulosos Rapazes de Liverpool.

Mas será que esse é mesmo um mapa viável para a banda? Vejamos: passou 1960, 1961, entrou 1962 e a banda começara a ganhar espaço e convites para se apresentar, a grana e a fama em escala maior ainda não haviam chegado, mas as coisas começam a mudar: a primeira sessão de gravação ocorre em 6 de junho de 1962, com Júpiter em trânsito domiciliado em Peixes, próximo ao Ascendente e perto de fazer trígono exato ao Saturno natal (Casa XI - rendimento do trabalho). Coincidência ou sincronicidade?

Com Ringo Starr na bateria, substituindo o demitido Pete Best, a banda ganha sua formação definitiva se apresenta no Cavern Club em 19 de agosto de 1962. Os fãs, furiosos com a troca de Pete por Ringo, rejeitam a nova formação e teriam até agredido George. Júpiter estava em quadratura com o Marte natal de Casa IV (casa, lar, origem). Sincronicidade ou coincidência?
Júpiter também é o regente das Direções por Termos (técnica de previsão da astrologia helenística) de julho de 1962 até fevereiro de 1964, período em que os Beatles conquistam o público britânico e decolam também nos EUA.

Pra não escrever um romance sobre os principais eventos marcantes e suas condições astrológicas, vamos direto ao final da banda: em 20 de setembro de 1969, John comunica sua saída aos demais membros; Júpiter em trânsito fazia quadratura partil (mesmo grau) ao Saturno natal. Quando Paul anunciou que saiu da banda, em 20 de abril de 1970, Saturno em Touro fazia quadratura ao Mercúrio natal, regente das Casas IV (as origens) e VII (parcerias). O sonho acabou, mas veio a imortalidade, em letras inesquecíveis e no coração de geração de fãs.

Gratidão pela companhia, e até a próxima!

Let It Be! (https://www.youtube.com/watch?v=EWdXlb4K0fI)

Cao (Claudinèi Dìas)

quinta-feira, 15 de março de 2018

Lua em Peixes - 15/03/2018


Às 7:12 de hoje a Lua, que é feminina e noturna, fria e úmida, entrou em Peixes, signo de Água, feminino e noturno, frio e úmido; a Senhora da Noite e das águas do mundo tem dignidade de Triplicidade ali no domicílio noturno de Júpiter que está em Escorpião, outro signo de Água e onde a Lua tem sua queda. Júpiter em mútua recepção por domicílio com Marte nos últimos graus de Sagitário: as águas e as emoções vêm em grande quantidade e com bastante força, seja no suor que movimenta, nas lágrimas que aliviam a cabeça e o coração, no mar indomável ou na chuva que tudo lava e tudo leva.

Iuppiter Pluvius era um dos nomes do deus Júpiter na antiga Roma: Júpiter, o deus da chuva - e como é Júpiter, é muita chuva. Na noite de hoje a Lua faz sextil ao frio e seco Saturno no frio e seco Capricórnio e contém o ímpeto das águas internas e externas, mas antes de deixar Peixes, Lua e Júpiter se conectam em trígono na madrugada do dia 17, e então pode rolar muita água por aí, vinda do alto dos céus ou do fundo da alma. A tempestade pode ser pesada e as lágrimas, com suor e sangue, podem ser leves. Ou justamente o contrário.


Na parte final de Blade Runner, o replicante Roy Batty fala a Decker: Eu vi coisas que vocês não imaginariam. Naves de ataque em chamas ao largo de Órion. Eu vi raios-c brilharem na escuridão próximos ao Portão de Tannhäuser. Todos esses momentos se perderão no tempo, como lágrimas na chuva. Hora de morrer.

Também pode ser a hora de deixar ir tudo que não serve mais, levado pelas águas e pela chuva, e abrir espaço, novo e limpo, para o que pode chegar, fertilizar e crescer. Você gosta da chuva?

"...Hot sticky scenes, you know what I mean
Like a desert sun that burns my skin
I've been waiting for her for so long
Open the sky and let her come down
Here comes the rain
Here comes the rain
Here she comes again
Here comes the rain
I love the rain
I love the rain
Here she comes again
Here comes the rain..." (Rain - The Cult)

https://www.youtube.com/watch?v=RD5b_0QB0wI

Cao (Claudinèi Dìas)

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