sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Mapa do Mike Patton


Michael Allan Patton deu as caras no mundo em 27/janeiro/1968, na Califórnia. Esse cantor-compositor, multi-instrumentista, produtor e ator, ficou mais conhecido como vocalista da banda Faith No More. Patton também foi o fundador e vocalista da banda experimental Mr Bungle, tocou com Tomahawk, Fântomas, Lovage, The Dillinger Escape Plan e Peeping Tom.

Versátil, criativo, inteligente, inovador, contestador, inquieto, iconoclasta, experimentalista, sem papas na língua, mas muito discreto com sua vida pessoal, Patton é considerado genial por alguns e insano por outros. O fato é: quem ouve suas músicas e vídeos - ora inovadores, ora simplesmente bizarros - não fica indiferente. Vejamos seu mapa natal:

Marte é o almuten (e regente) do Ascendente, além de Senhor da natividade, indicando a motivação principal da vida do nativo: ele está dignificado (Triplicidade) em Peixes, na Casa V, mostrando o foco em sexo (tema constante em suas letras e vídeos) e criatividade/arte (sua extensão produção musical e artística são seus "filhos"). Um exemplo disso é o álbum "Music to make love to your old lady by", com sua banda Lovage.
(https://www.youtube.com/watch?v=x2urNhEsNJs).

A faceta de esquisito, diferente, bizarro e fetichista - além de inteligente - pode ser indicada por Mercúrio (o inteligente e diferente) angular (forte) na Casa IV e dignificado (Triplicidade) em Aquário (o inconvencional). Essa condição recebe o reforço do Sol também ali em Aquário, igualmente angular, mas em exílio e antíscia com o Ascendente em Escorpião.

Alguns críticos consideram Patton até esquizofrênico. Será? O que o mapa dele mostra é que os Luminares chamam a atenção pela dualidade: ambos em debilidade essencial (Sol e Lua em exílio), mas com dignidade acidental (Sol angular e em antíscia com o Ascendente, Lua em júbilo e em antíscia com a Parte da Fortuna).

A Lua, que está em Capricórnio, significadora também do estado psíquico do nativo e das doenças da alma, está em quadratura com Saturno na casa VI (casa das enfermidades) e disposta por ele. Vênus, regente da Casa XII (casa das prisões, aflições, adversidades) e do Lote do Espírito, também está em quadratura com Saturno (mal colocado no mapa: em queda e em casa maléfica).
Essas posições dos planetas prometem que o nativo tem talento para criação e expressão de arte, mas não deve saber lidar bem com ela. E Marte, planeta importante do mapa, está disposto por (e nos Termos de) Júpiter, que está aflito, indicando que as criações devem passar por impedimentos e provas, o que muitas vezes não deve sair como ele havia imaginado. Essa desarmonia e insatisfação podem gerar angústias, isolamento e enfermidades.

O próprio Patton comentou: "...Sei que tudo que falo tem uma tendência a virar 'filho bastardo' e acabar entrando pelas rachaduras. As coisas boas sempre conseguem entrar pelas rachaduras, porque as portas não estão abertas. é minha responsabilidade encontrar essas rachaduras. Por isso criei um selo (Ipepac Records). Queria dar uma lar para outros artistas musicalmente desajustados."

A Lua em júbilo rege a Casa IX (estrangeiro) e a Casa VII (parceiro - por exaltação): Patton casou-se com uma italiana e viveu com ela na Itália, de 1994 a 2001, tornou-se fluente em italiano e também fala espanhol e português - é amigo dos caras do Sepultura e virou até torcedor do Palmeiras, o que aumenta a polêmica sobre ser gênio ou insano. A Lua também indica popularidade, e em antíscia ("conjunção") com a Parte da Fortuna ajuda a entender porque os álbuns de Patton (solo ou no Faith No More) tiveram maior sucesso no exterior do que nos EUA.

Patton e o Faith No More (FNM) ganharam destaque e alcançaram o sucesso no mundo do Rock com o álbum The Real Thing, especialmente com a música Epic. Esse álbum foi lançado em 20/junho/1989, quando Patton estava com 21 anos e a técnica da Profecção indicava Leão (disposto pelo Sol e Casa X do mapa natal) como a Casa I daquele ano: destaque para a carreira. Touro estava como Casa X na Profecção, e Vênus, sua dispositora, estava a 18 graus de Peixes no dia do lançamento, em exaltação e Triplicidade: boa indicação de cenário favorável.
Pela Revolução Solar (RS) dos 21 anos de Patton, a Casa I cai onde está a Parte da Fortuna do mapa natal, indicando a tendência ao sucesso. O Ascendente da RS está em Sagitário, sendo Touro o signo de junho, e ali estavam os regentes do mês: Marte, Júpiter e Parte da Fortuna. As boas indicações de sucesso continuavam...

O estilo musical do FNM é de difícil definição, pois a banda possui influência de diversos estilos. Eles navegam entre o metal, o rock alternativo e funk metal. Muitos dizem que eles foram os precursores do Nü Metal. De fato, a criatividade de Mike o leva para diversos caminhos, que ele consegue explorar muito bem.
A banda sofreu um hiato de 11 anos (de 1998 a 2009) e em 2015 lançaram seu último álbum até o momento, chamado de "Sol Invictus".


Pouco se sabe sobre a vida particular de Patton. Um dos únicos acontecimentos acessíveis é o casamento com a artista italiana Titi Zuccatosta em 1994, e temos estes indicadores astrológicos:
- Com as Direções por Termos, uma técnica da Astrologia Helenística, vemos que o Ascendente dirigido estava a 15 graus de Sagitário, nos termos de Vênus, que se torna o Planeta Distribuidor (Tônica) do período e é o regente da Casa VII - a dos parceiros - (e da Casa XII, também), além de ser significadora natural de relacionamentos.
- O casamento ocorreu aos 26 anos, sendo os Regentes do Ano, Vênus e a Lua.
- O Lote do Casamento, aos 18 graus de Libra, é aspectado por Vênus, Lua e Mercúrio da Revolução Solar.

Poderíamos explorar mais questões do mapa de Mike, mas já foi bastante de Astrologia e agora vamos com mais Rock, então encerramos com Epic (https://www.youtube.com/watch?v=ZG_k5CSYKhg)

Valeu e até o próximo post!

Cao e Ana K.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Mapa do Neil Young

Às 06:45 da manhã de 12 de novembro de 1945, nascia Neil Percy Young em Toronto, Ontário, Canadá. Fãzaço de Elis Presley, ouvia tudo que conseguisse de Rock'N'Roll, Rockabilly, Doo-Wop, Rythm'N'Blues, Country e Pop naqueles anos 1950. Logo começou a tocar sozinho num ukelele de plástico e ainda no colegial (ensino secundário) formou sua primeira banda, The Jades.

Passou a tocar em várias bandas de rock instrumental, firmou-se no Squires, e em 1965 já fazia suas turnês solo pelo Canadá. No ano seguinte, foi com o baixista Bruce Palmer para Los Angeles e ali, junto com Stephen Stills, Richie Furay e Dewey Martin, fundaram o Buffalo Springfield, tocando uma mistura de folk, country, rock e rock psicodélico, apoiada nas guitarras mais pesadas de Young e Stills. O jovem de Toronto começava o trabalho que, seguindo com o Crosby, Stills, Nash,and Young, e depois com o Crazy Horse, ajudaria a definir o Folk Rock e o Country Rock.

O que podemos ver no mapa desse músico, letrista e produtor cinematográfico de sucesso, autor de músicas ora melódicas, ora contundentes, e palavras críticas e corajosas?



O Sol e o Ascendente estão em Escorpião, com seu regente Marte em Leão no alto do céu, em mútua recepção com o Sol em Escorpião: coragem para enfrentar, energia para realizar. Tanto Sol quanto Marte estão angulares (fortes), mas peregrinos (sem dignidade essencial = sem referenciais de força ou qualidade de funcionamento), então pode-se esperar que nem sempre os tiros sonoros de Young fossem no alvo, ou fossem compreendidos. Se ele teve trabalhos que viraram sucessos imediatos, outros levaram anos para serem digeridos, reconhecidos e valorizados.

Mas a Roda (ou Parte, ou Lote) da Fortuna em Leão, junto ao Meio do Céu (carreira, objetivo de vida), também no alto do céu, garante a visibilidade, o reconhecimento e o retorno pelo que faz. Como essa Roda está disposta por aquele Sol forte, porém peregrino, e tem a companhia de Marte, nem sempre a fama e fortuna estão do jeito que Young gostaria.

Júpiter em Libra na Casa XII ilustra bem o que isto quer dizer: esse planeta rege a Casa II (recursos materiais e financeiros) e está numa Casa de perdas, doenças crônicas e dificuldades. Aos 67 anos, Young parou as turnês e escreveu sua autobiografia por 1- receio de não conseguir fazer isso depois por causa de demência (como seu pai teve) e 2- precisava garantir os rendimentos.

Parte dessa necessidade de fluxo de capital pode ser devido aos casamentos e separações: Vênus, dispositora da Casa VII (das Parcerias, inclusive as afetivas) está na cúspide da Casa I (forte), mas em exílio; por exemplo, aos 69 anos, Young encerrou um casamento (e parceria musical) de 36 anos e começou um novo romance.
Ou pode ser também pela dedicação às causas ambientais: Young é ambientalista, luta por pequenos fazendeiros, tem um projeto de carro híbrido, e fundou (com uma ex-esposa) uma escola para crianças com necessidades especiais. A Lua na Casa IV em Aquário, em mútua recepção com Saturno em Câncer na Casa IX, podem explicar essa dedicação ao bem social e ambiental.

Júpiter pode esclarecer outras coisas: Young teve problemas de dependência de álcool e de drogas - prazer (Casa V) em Peixes, disposto por Júpiter (planeta da expansão e do exagero) na Casa XII (Casa dos vícios). A Casa V também é a Casa dos Filhos e a Casa XII, a das doenças crônicas - e Young tem dois filhos com paralisia cerebral e uma filha com epilepsia.

Por fim, Mercúrio - indicador de raciocínio lógico, aprendizado e comunicação - está em Sagitário: em exílio, tende a ser exagerado, ser muito produtivo, mas nem sempre coerente ou compreendido.

Para encerrar esse breve olhar sobre mais um dos grandes caras (literalmente: 1,83m de altura) que ajudou a formar o  Rock como o conhecemos, vamos de My my, hey, hey (Out of the blue) (https://www.youtube.com/watch?v=LQ123T3zD2k&spfreload=5)
e de sua versão com som mais pesado e sujo Hey hey, my my (Into the Black) (https://www.youtube.com/watch?v=0O1v_7T6p8U), com letra típica de Young: enganadoramente simples e ao mesmo tempo profunda, sem meias palavras e também simbólica, e acima de tudo intensa. Conforme prometido por seu Ascendente e Sol em Escorpião e Marte em Leão.

My my, hey hey
Rock and roll is here to stay
It's better to burn out
Than to fade away
My my, hey hey

Out of the blue
and into the black
They give you this
but you pay for that
And once you're gone
you can never come back
When you're out of the blue
and into the black

The king is gone
but he's not forgotten
This is the story
of a Johnny Rotten
It's better to burn out
than it is to rust
The king is gone
but he's not forgotten

Hey hey, my my
Rock and roll can never die
There's more to the picture
Than meets the eye
Hey hey, my my


My my, hey hey
O Rock veio para ficar
É melhor queimar
do que desbotar
My my, hey hey

Fora do azul

e dentro do preto
Eles te dão isto
mas você paga por aquilo
E depois que você se vai

nunca pode voltar 
Quando você está fora do azul
e dentro do preto

O rei foi embora
mas não foi esquecido
Esta é a história

de um Johnny Rotten

É melhor queimar
do que enferrujar
O rei foi emboramas não foi esquecido

Hey hey, my my
O Rock nunca pode morrer

Há mais na imagem
do que o olho percebe
Hey hey, my my


 Gratidão pela companhia, e até o próximo post!

Cao (Claudinèi Dìas)