sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Mapa do Joe Cocker

John Robert Cocker nasceu em 20 de maio 1944 às 05:00 (horário inglês de verão em 1944 = adiantar o relógio duas horas em relação ao horário normal) em Sheffield, Inglaterra. Virou Joe Cocker, depois Vance Arnold, voltou a ser Joe Cocker, arrebentou no Festival de Woodstock cantando “With a Little Help of my Friends” (dos Beatles), virou astro de primeira grandeza do panteão do Rock e em 22 de dezembro de 2014 bateu asas rumo à Constelação do Rock que cresce cada vez mais do outro lado da vida.
Mapa:

Olhando seu mapa natal, a primeira coisa que chama a atenção é um stellium (agrupamento de planetas) em Touro e na Casa I: Sol, Lua, Mercúrio e Vênus. E daí? Daí que uma concentração de planetas em um local do mapa reforça o fluxo de energia naquele ponto e afeta mais intensamente os assuntos daquele signo e daquela Casa. Em Touro, Vênus está em domicílio e a Lua está exaltada, além de ser Almutem (Protagonista) da Carta junto com a Lua; traduzindo o astrologuês, isso aumenta o foco em alimentar-se, nutrir-se, satisfazer os sentidos físicos e ter prazer com eles, apreciar o conforto (e ter facilidade a ganhar massa corporal...). Pelo seu manequim “fortinho”, Cocker era tipicamente taurino. Puxando um pouco mais a análise, os problemas com álcool e drogas que ele teve durante anos podem ser vistos como uma forma de inebriar cada vez mais seus exaltados sentidos físicos.Touro também rege a garganta: o vozeirão inconfundível era sua marca registrada. A Casa III (comunicação) abre em Gêmeos, cujo regente, Mercúrio, está em Touro, na Casa I: sua voz e sua imagem eram sua melhor forma de expressar-se e interagir com o mundo exterior. O trígono de Mercúrio com o Meio do Céu (carreira, status) dão pistas sobre como ele ganharia destaque socialmente.
E quem viu suas performances viscerais ficava impressionado com sua presença física intensa: Áries (corpo físico) no Ascendente, e o stellium na Casa I (que muitos astrólogos consideram equivalente a Áries), mais o sêxtil Sol-Marte, reforçam-se essa questão da energia, intensidade e os gestos incontidos – Cocker foi um dos precursores do Air Guitar (fazer os gestos de tocar uma guitarra durante a música, como se estivesse com uma... guitarra de ar!), décadas antes do termo ser inventado.O regente do Ascendente é Marte, que está em Câncer, na Casa IV; um Marte em queda, tolhido, às vezes enfraquecido, até explodir em arroubos emocionais ou impulsivos – reforçados por uma quadratura Lua-Marte. E temperando o vozeirão com rouquidão e aspereza; um vozeirão potente, mas completamente distinto, por exemplo, dos de Bruce Dickinson, Ronnie James Dio e Freddie Mercury (ainda não os posts sobre eles aqui no blog? Vá logo ler!).
Tinha Júpiter em Leão na Casa V: sua expressão criativa buscava, precisava e crescia com a luz dos holofotes. Não nasceu para ser anônimo: começou na música aos 12 anos e ainda adolescente, mesmo enquanto ganhava a vida como frentista num posto de gasolina, corria atrás de sua carreira musical. Começou tocando bateria e gaita, mas depois assumiu os vocais.
Seu Saturno em Gêmeos na Casa III é o regente do Meio do Céu, reforçando a tendência de que sua evolução social estaria muito ligada à sua capacidade e forma de comunicação. Esse Saturno é feral: não faz nem recebe aspecto de nenhum planeta, tornando-se assim errático – ora letárgico, ora turbinado; ajuda a entender oscilações de sucesso e de baixa na carreira. Também traz mais informações: pela Astrologia Tradicional (ou Clássica), Saturno é o Grande Maléfico; está em Gêmeos – ligado ao sistema respiratório (incluindo os pulmões) – fazendo conjunção às estrelas fixas Saiph e Wazn, e foi devido a um câncer nos pulmões que John Robert “Joe” Cocker deixou de respirar e de soar sua voz potente neste mundo.E o que os astros nos dizem sobre o momento do embarque de Cocker para o (mais) além? Para ver isso, temos várias técnicas (e mapas) adicionais ao mapa natal: Trânsitos, Progressões, Firdária, Profecção, Revolução Solar... nomes meio estranhos, mas que funcionam.

Vejamos o mapa da Revolução Solar para 2014:
- Saturno (o Grande Maléfico) em Trânsito estava no final de Escorpião (fim de ciclo, morte, renovação), na Casa VIII (Casa da Morte), em oposição (grande dificuldade) ao Sol (essência e vitalidade) natal. Esse Sol também é o Almuten (“o vitorioso” – o planeta protagonista e mais forte do mapa) do Ascendente (corpo físico) e faz conjunção (está junto) a Algol, a estrela fixa mais maléfica dos céus, associada a morte e desgraças;

- Cocker estava vivendo a Profecção de Casa XI (técnica onde cada casa representa um ano de vida do nativo, começando pela casa 1) que abre em Aquário, que é regido por Saturno: esse é o planeta que dá o tom dos acontecimentos. Saturno – que indica debilidade, fragilidade e possivelmente problemas em órgãos, partes ou áreas do corpo, também rege a Casa III do mapa natal (que abre em Gêmeos, associado ao sistema respiratório e pulmões). A casa XI fala de amizades, ideais maiores;

- titio Joe também estava vivendo a Firdária do Nodo Norte (para os Antigos não era bom sinal); em seu Mapa natal esse Nodo está em Leão (regido pelo Sol, aquele que está com a espada de Algol em seu pescoço), na Casa IV (a Casa do fim de todas as coisas);

- no mapa da Revolução Solar, o Almuten é Vênus exilada em Áries (= enfraquecida) e próxima ao Nodo Sul (= não bom). O Ascendente da Revolução Solar é Aquário (19º de Aquário, abrindo a casa XI do Mapa Natal, reforça a Profecção, indicando ano com amigos), regido por Saturno retrógrado (reforça as características difíceis) em Escorpião na Casa VIII/IX – de novo Saturno, Escorpião, Casa VIII... Marte (o Pequeno Maléfico), regente de Escorpião e da Casa VIII do mapa de Joe, está exilado (= contido e de mal humor) em Libra na Casa VIII e, por signo, próximo ao Nodo Norte (não bom), repetindo a configuração tensa do mapa natal;

- a Lua do Ano também está em Aquário na casa XII, I, regido por – lembraram? – Saturno retrógrado em Escorpião na Casa VIII/IX... em dezembro temos essa Lua conversando bem (sextil) com uma Vênus mal posicionada em Áries, em tensão (quadratura) com Saturno em Escorpião, bem com Mercúrio em Gêmeos, mas começando uma quadratura com Sol+Algol na Casa VIII;

- nas Progressões Secundárias, a Lua faz oposição a Vênus (o Almuten da Revolução Solar e do Mapa) e quadratura a Saturno, na Casa VI (a Casa das Doenças). Ou seja, Vênus, Marte e principalmente Saturno, aparecem repetidamente em indicações de dificuldades, que combinadas, ajudam a mapear o desfecho de 22/dezembro/2014.
Esse é o lado Arte da astrologia: como garimpar, identificar e entender os muitos sinais que os céus nos mandam diariamente, mostrando a nossa ressonância com o universo (e vice-versa).

Para recordar o bom e velho Joe, vamos encerrar curtindo Unchain My Heart: https://www.youtube.com/watch?v=1F3JvKOP5C0
Show em Cologne em 2003 - https://www.youtube.com/watch?v=1Lwg0ZlPTJA

Gratos pela companhia e até o próximo post!

Cao e Ana K.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Woodstock: "Uma Exposição Aquariana: 3 Dias de Paz & Música"?

Há 45 anos acontecia o lendário Woodstock, festival que reuniu cerca de 450 mil pessoas (ou até 650 mil, dependendo da fonte) em prol de revoluções e transformações sociais. A geração de Woodstock vivia o ápice do movimento da Contracultura que contestava o consumismo, a indústria, o conservadorismo, o nacionalismo, as armas nucleares, a guerra no Vietnã, e erguia a voz pelos direitos das mulheres.
Como evento, Woodstock foi “O Festival”, foi o que definiu o formato e a mística de todos os festivais que se seguiram, desde o Festival da Ilha de Wight de 1970, passando pelo brazuca Festival de Águas Claras (primeira edição: 1975) e seguindo com Rock In Rio, Lollapalooza, Monsters of Rock e todo outro festival posterior a 1969. Se existiu algum festival anterior a Woodstock, é como qualquer lâmina de barbear anterior à Gillette: pode ter sido pioneiro, mas não marcou a História.
Foi na década de 60 que o mundo conheceu o principal movimento da Contracultura, Os Hippies. Eles defendiam o amor livre e a não violência. Muito foi falado sobre a Era de Aquário naquela época, inclusive no pôster: Woodstock: “Uma Exposição Aquariana: 3 dias de Paz & Música”.


Será que Woodstock foi tão aquariano assim? Vamos olhar o mapa do dia do festival:

Em junho de 1966 houve o início do ciclo astrológico Urano-Plutão em Virgem, que sinaliza mudanças profundas nos hábitos e costumes, e preocupação com o meio ambiente, trabalho, indústria (alimentícia, farmacêutica). Esse ciclo se completará apenas em 2104. Como todo ciclo possui suas fases, até 2016 estaremos na fase crescente (quadratura), na adolescência desse ciclo. Nestes últimos anos começamos a ver os temas da década de 60 voltarem à tona.
O mapa do evento possui predominância do elemento Terra, começando pelo Ascendente em Capricórnio e o seu regente Saturno em Touro, também signo de Terra. A Lua do dia estava em Virgem – mais Terra! – junto com Mercúrio, reforçando os temas desse signo que também são temas da década, como vimos acima (Urano-Plutão em 66).
O regente do mapa, Saturno, está em Touro e na Casa 4. Esse posicionamento mostra o conservadorismo, preservação das tradições e a necessidade de segurança material.
E aí começamos a ver coisas curiosas e interessantes de Woodstock: ápice do movimento hippie, saudava a Era de Aquário. Mas, veja bem: paz, amor e música, e uma boa dose de escapismo (quase sempre via drogas – sexo ajuda, também), são coisas predominantes de Peixes, e além disso, conforme a precessão dos equinócios, a Era de Aquário ainda vai levar uns 200 anos para começar, então na época de Woodstock, faltavam pelo menos 245 anos... e estar certo de uma coisa, quando é outra, ou seja, estar perdido no tempo e no espaço, bate mais com o arquétipo de Peixes do que com Aquário.
No mapa do evento Woodstock, também podemos usar um pouco da abordagem da Astrologia Eletiva (a escolha do melhor – ou menos ruim – momento para um evento, tarefa, etc.). Sob esse olhar, o Ascendente fala da cara (aparência do evento), a Lua fala da alma (anima, vida), o Sol informa sobre o espírito (essência) e o Meio do Céu mostra para onde caminha aquele evento que começou com a cara do Ascendente.
O Sol está em Leão: quer ser grandioso, chamar a atenção e ditar as normas. Considerando que este Festival foi o maior até então - esperava-se no máximo 200 mil pessoas, vieram de 450 mil a 650 mil -, atraiu a atenção do mundo todo, virou a referência dos festivais de música e entrou para a história como o festival que marcou uma era, está coerente com a informação astrológica.
A quadratura de Leão a Netuno no Meio do Céu faz sentido com o (escandaloso na época) consumo de drogas e achar que era uma celebração de Aquário, quando era mais pisciano que outra coisa.
Olhando a alma do festival, temos a Lua em Virgem. Se nos restringíssemos somente ao signo para interpretar o planeta, teríamos aqui uma expressão contida, um tanto fria e racional, exigente, crítica, detalhista, tímida e insegura, e dificilmente estabeleceríamos relação entre essa descrição e o que se viu em Woodstock.
Mas aí entra a beleza dos conhecimentos legados por séculos de estudos e do trabalho de estudiosos e praticantes, pois ao olharmos os aspectos que essa Lua recebe, a leitura se expande e se enriquece:
- a conjunção com Mercúrio fala da interação e comunicação com muitas pessoas, de forma rápida e inquieta, e da troca de informações;
- a conjunção com Urano reforça isso e acrescenta anseio (e ansiedade) por liberdade, mudanças e novidades – rompimentos, até –, ao mesmo tempo em que coloca o fator intelectual como (suposta) razão para validar as emoções reprimidas que querem sair de uma vez, como se o amanhã (Urano) e o ontem (Lua) fossem momentaneamente anulados e só o agora é que importasse;
- a conjunção com Plutão traz a sensação de querer controlar e mandar – a Lua em Virgem, autocontida/autorreprimida, quer dar as cartas – e também sinaliza o final de um ciclo que não se sustenta mais, e o início de um novo e desafiador período, que assusta, mas ao mesmo tempo faz redescobrir a força interior;
- o sêxtil de Netuno reforça a questão do sonho, da inspiração (e da piração) se refletindo na expressão artística ampliada.
E como foi a cara do festival? O Ascendente em Capricórnio indica algo sem graça, sem charme, e seu regente Saturno em Touro aponta para a importância de satisfazer os sentidos e sensações físicas. Como a maioria do público do festival foi de cabeludos e barbudos desgrenhados, recobertos por muita lama (sem trocadilho: lembrou-se da predominância do elemento Terra no mapa do evento?) ao longo dos três dias, mas que pouco ligavam para as condições precárias, desde que tivessem – como diz o ditado – sexo, drogas e rock’n’roll, faz sentido, lembrando que essa foi a cara (aparência) com que começou o festival, e não sua essência.
O Meio do Céu em Escorpião indica onde chegou o festival: intensidade, magnetismo, profundidade. Será que foi assim? Woodstock deveria ter terminado na noite do domingo, 17 de agosto, e desde a tarde tinha gente já indo embora – ficaram “só” 150 mil – e o clima mágico se dissipava. Só que as 25 mil pessoas que continuaram lá viram na manhã da segunda-feira, 18 de agosto, Jimi Hendrix subir ao palco e finalizar de fato o festival, tocando Star Spangled Banner, o hino americano, (assista! https://www.youtube.com/watch?v=sjzZh6-h9fM) de maneira visceral, como jamais tinha sido feito antes, misturando em sua guitarra distorção e protesto contra a guerra do momento (Vietnã), sem palavras, mas com uma intensidade e força que ajudaram a sacramentar Woodstock como um marco musical, cultural e social.
Vamos parar este post por aqui, porque falar de Woodstock, suas atrações musicais e as relações astrológicas é assunto para muitos posts, ou um livro.
Curta mais um pouco de Hendrix tocando Purple Haze em Woodstock (https://www.youtube.com/watch?v=m9Fia94-xGA)

Gratidão e até a próxima!
Ana K e Cao.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Mapa Natal de Freddie Mercury

Se alguém dissesse a você que a voz mais bonita e versátil do Rock é de Farrokh Bulsara - ou Pharōkh Balsārā, em Gujarat, a língua nativa de seus pais - nascido em Zanzibar (Tanzânia) em 5 de setembro de 1946, às 05:10, filho de pais indianos, provavelmente a sua reação seria: "Quem?".

Na verdade, você quase acertou: a resposta certa seria "Queen", ou melhor Freddie Mercury, cidadão britânico, pois em 1946 tanto a Tanzânia quanto a Índia pertenciam ao Império Britânico (http://www.freddie.ru/e/bio/http://en.wikipedia.org/wiki/Freddie_Mercury).

Provavelmente devemos às origens indianas de Freddie o fato da sua hora de nascimento ter sido registrada e divulgada (boa parte dos roqueiros ocidentais com mais de 40 anos não tem essa hora registrada, ou ao menos divulgada): para os indianos, a astrologia é algo levado a sério e é costume fazer o mapa natal das crianças logo após o nascimento.

Isso nos permite explorar um pouco mais o mapa desse grande vocalista, compositor e sensacional showman. Vamos lá?


Nas apresentações do Queen ao vivo, Freddie tinha performances teatrais, dramáticas, provocativas, magnéticas, que arrebatavam a audiência; quem viu shows ao vivo do Queen sabe como era difícil tirar os olhos do tio Farrokh correndo, dançando, pulando, interagindo com a platéia e soltando aquele baita vozeirão. Tive a oportunidade de ver o Queen se apresentar no estádio do Morumbi em 1981: foi um p#t@ show, o Queen foi ótimo e o Freddie foi duca!

Longe dos palcos e holofotes, porém, Freddie era descrito como tímido e retraído, principalmente com pessoas que não conhecia bem, e dava poucas entrevistas. Como pode?

O mapa de Freddie nos ajuda a entender isso:
- o Sol  - que representa a essência da pessoa -  está em Virgem, signo caracterizado por ser metódico, atento a detalhes, perfeccionista, exigente e suscetível a críticas, e também tímido ou reservado... Esse perfeccionismo pode ser visto na música mais famosa do Queen, "Bohemian Rhapsody": uma música de estrutura complexa, com mudanças e quebras de ritmo, considerada uma opereta de rock, mas acima de tudo com Freddie tocando o piano - como tocou em várias outras músicas, pois aprendera piano quando criança, com um talento testemunhado por muitos - porém duvidando da própria competência para tocar perfeitamente o piano sem esquecer alguma nota, e assim progressivamente deixando o instrumento de lado em apresentações posteriores... Por estar na Casa 1, esse Sol faz com que o foco da atenção da pessoa seja ela própria.
- o Ascendente - que representa a persona, filtro ou máscara com que vemos o mundo e somos vistos por ele - está em Leão, que se caracteriza por querer ser o centro das atenções, dominar o palco e estar nos holofotes, ser teatral, dramático, dado a exageros, magnético, ousado...

A Lua (emoções) está em Sagitário e na Casa 5 (autoexpressão criativa, lazer, prazer), com aspectos positivos com Mercúrio, Vênus e Júpiter, e uma tensão pedindo para ser trabalhada e ajustada com Urano. Isso ajuda a entender as festas de arromba que Freddie fazia, sua sensibilidade e a expressão talentosa, sensível, criativa, artística e às vezes até pouco convencional:
- Freddie, além de cantar, tocava piano e guitarra (mesmo sendo extremamente crítico em relação a si mesmo) e aos 12 anos tinha formado sua primeira banda (The Hectics) na escola. Seus amigos diziam que ele tinha uma habilidade muito grande em ouvir algo no rádio e reproduzir no piano.
- ele também estudou arte e graduou-se pela Ealing Art College. Foi ele quem desenhou o logo do Queen:


O belo desenho também tem semelhança com os brasões da nobreza inglesa, mas a coisa fica mais interessante quando consideramos a ascendência indiana - rica em simbolismo - de Freddie: o logo traz a representação dos signos astrológicos dos integrantes da banda: duas fadas (Virgem) para Freddie Mercury, dois leões (Leão) para Roger Taylor e John Deacon, e um caranguejo (Câncer) para Brian May. 

Vamos aproveitar e explorar essa questão da herança cultural de Freddie: astrologicamente, as origens da pessoa são indicadas na Casa 4, que neste caso abre em Escorpião (que não se revela abertamente a qualquer um, precisa de investigação e pesquisa, é profundo), cujo regente moderno (Plutão) está na Casa 12, casa das coisas ocultas ou que não estão às claras... e nosso amigo era um cidadão britânico, nascido na África e de origem persa/indiana; ou seja, só quem vai a fundo é que começa a descobrir a complexidade dessa figura.

Mesmo com talento e uma presença de palco espetacular, o que mais chamava a atenção em Freddie era sua voz. Touro rege a garganta e as cordas vocais, e neste mapa Touro está no Meio do Céu - que dá indicações sobre a posição social e a carreira da pessoa - e é inegável que a voz maravilhosa ajudou muito Freddie a ter as oportunidades para mostrar seu talento e competência e construir sua carreira.

Outro aspecto muito discutido sobre Freddie, nos anos 1980 e 1990, era sua sexualidade. Ele era bissexual, numa época em que isso (e a homossexualidade) ainda era motivo de polêmica, mas evitava tratar do assunto em público. Olhando a Casa 7 - casa dos relacionamentos parcerias (afetivas ou comerciais) - vemos que ela abre em Aquário, indicando a preferência por parcerias onde tenha liberdade, novidade e variação, e pouco convencionais. Freddie se relacionou com muitas pessoas, mas quem foi mais marcante e com quem viveu por anos foi Mary Austin, para quem escreveu "Love Of My Life" e a quem considerou sua única amiga de verdade na vida. Se olharmos Urano, o regente moderno de Aquário (que abre a casa dos relacionamentos), veremos que ele está na Casa 11, a casa dos amigos. Coincidência?

Por fim, Freddie contraiu AIDS em seus múltiplos relacionamentos; sua saúde piorou e ele se isolou até a morte, em 1991. O mapa nos dá algumas coisas para pensar:
- a Casa 12 é a casa das doenças crônicas, do isolamento e das coisas ocultas; no mapa de Freddie, essa Casa abre em Câncer, cujo regente é a Lua em Sagitário na Casa 5: potencial para doenças provocadas pelo prazer, levando ao isolamento;
- na Casa 12 está Plutão (sexo, morte, fim de ciclo) conjunto a Saturno (o grande maléfico, na visão da Astrologia Tradicional);

Para encerrar mais este post BY CAO, vai o link para curtir Bohemian Rhapsody: 

Até a próxima!

domingo, 20 de abril de 2014

Mapa da Anna Mae Bullock

Você sabe quem é Anna Mae Bullock?
Anna é o nome real da Rainha do Rock N'Roll, Tina Turner! Dona de uma voz inconfundível e pernas invejáveis!
Vamos falar um pouco sobre ela hoje.






















História: Tina Turner nasceu em 29 de novembro de 1939, na cidade de Nutbush, no Tennesse, Estados Unidos, as 22h10. Foi criada pela avó até o seu falecimento. Aos 16 anos foi morar com a mãe e a irmã Alline em St. Louis.
Sua irmã trabalhava de garçonete em um clube noturno e muitas vezes levava Anna lá. Anna foi apresentada ao músico Ike Turner e à sua banda "Kings of Rhythm Band. Ele ficou impressionado com a voz de Anna e chamou-a para ser backing vocal.
Ike mudou o nome de Anna Mae para o artístico Tina Turner. Eles começaram a ter um relacionamento e se casaram em 1962.
Ike e Tina gravaram a canção "A fool in love", que acabou se tornando um grande sucesso na época nos Estados Unidos. Com o sucesso, Ike decidiu mudar o nome da banda para "Ike and Tina Turner Revue". Entre 1960 e 1970, Ike e Tina mudaram o estilo musical, desenvolvendo uma performance única em concertos ao vivo. Tina dançava e cantava junto com as backing vocals, conhecidas como "As Ikettes", chamando a atenção do público, que lotava cada vez mais as casas de show.
Por volta de 1970, o casamento de Tina Turner foi desmoronando. Por causa do uso de drogas, Ike foi se tornando cada vez mais violento e agressivo com Tina. O número de turnês e vendas de disco caíram. Ike culpava Tina pelo declínio da carreira. Depois de uma briga violenta, poucas horas antes de um show em Dallas, ela decidiu deixar Ike, fugindo com 36 centavos de dólar no bolso e um cartão de crédito de um posto de gasolina. Nos meses seguintes, ela se escondeu em casas de amigos, já que sua família a "abandonou". Após 18 anos de casamento, Tina se separou legalmente em 1978, exigindo apenas o seu nome artístico, que segundo ela, lutou muito por ele, não pedindo mais nada em troca, deixando todas as suas roupas e jóias com Ike.
No inicio dos anos 80, com a separação declarada, Tina empenhou-se unicamente na recuperação do seu sucesso. Em 1982 deu inicio a uma turnê pelos Estados Unidos. Em 1983, para ajudar a recuperar a carreira, o cantor Al Green concedeu a Tina os direitos de cantar "Let´s Stay Together", um grande sucesso que lhe valeu a posição 32 da Billboard e que logo saiu em single, imortalizando a voz de Tina. No ano seguinte, ela lançou "Private Dancer" considerado o LP solo mais importante da sua carreira e um dos 50 mais vendidos na história até hoje, um verdadeiro marco dos anos 80.
Atualmente está afastada de turnês, está casada com o alemão Erwin Bach e vive na Suiça.

--> Tina possui no mapa 8 pontos no elemento FOGO, isso indica um temperamento de muita vitalidade, vontade, vigor e energia mas que também pode trazer impaciência, intolerância e irritabilidade. Sobre os pontos principais do mapa: O Sol de Tina está em Sagitário e reforça a condição de ânimo, entusiasmo e extroversão. Sagitário fala de otimismo, fé, independência, confiança, filosofia, justiça, ser movida por seus ideais e conhecimento.
O Ascendente em Leão enfatiza todas as características do elemento fogo e acrescenta o brilho, o poder, a autoridade e a individualidade de Tina.
A Lua em Gêmeos fala de emoções desprendidas, contatos efêmeros, de se interessar por relacionamentos que envolvam trocas mentais, que sejam leves e com humor. Gosta de aprender, jogar conversa fora, perambular por aí, estar em ambientes joviais e dinâmicos e conhecer várias coisas (o que pode fazer dispersar rapidamente também). A Lua está na casa 10 apontando status, sucesso e popularidade.
O Meio do Céu em Touro mostra uma busca na vida por conforto, bem-estar, estabilidade material, posses.

Na questão dos relacionamentos, Tina possui Vênus em Sagitário na casa 5 e Marte em Peixes na casa 7.
Tina expressa seus afetos de forma franca, aberta, livre e com entusiasmo. É uma pessoa muito sociável e bem-humorada. Deseja harmonia e amor mas tem dificuldade para se afirmar, evita confrontos o que pode provocar tensões internas e insegurança.
O signo que Marte se encontra mostra o tipo de homem que atrai uma mulher e como foi visto, Tina sofreu em seu casamento e olhando seu mapa, esse Marte em Peixes pode indicar homens que tenham perfil sensível mas podem se fazer de vitimas, serem escapistas e iludir facilmente. E acrescentando a casa, Marte está na 7, justamente a casa do casamento, ou seja, a energia é ativada nessa área, e como sabemos chegou a competição, dominação do parceiro, ataques, brigas e violência física.

Tina adotou o Budismo como religião na época da crise no casamento e mudanças na carreira. Ela possui Júpiter em Peixes que pode indicar interesse em espiritualidade e Saturno na casa 9 em ter seriedade, disciplina em sua fé e dedicação aos estudos superiores e filosóficos.

T-Square: Lua-Marte-Mercúrio --> Essa formação planetária no mapa de Tina aponta para obstáculos a enfrentar e tensão no planeta do meio, ou seja Marte. Esse ponto pode ser a chave para concretização ou destruição. Como observamos o problema central de Tina por muitos anos foi o seu casamento conturbado, porém depois que o desafio foi vencido, ela brilhou ainda mais em sua carreira e casou-se novamente.

Espero que tenham gostado! Até o próximo!
Ana.

Obs: Ficou com alguma dúvida? Acesse: http://astrologiadorock.blogspot.com.br/p/be-ba-astrologico.html